17/maio/19 – Astrometria dos Satélites Galileanos de Júpiter (Bruno Morgado, ON)

Os progressos na astrometria e nas modelagens dinâmicas dos satélites naturais dos planetas gigantes permitiu uma estimativa precisa dos efeitos de maré entre estes satélites e o planeta associado. Estes estudos necessitam de uma astrometria precisa ao longo de muitos anos para restringir os modelos dinâmicos. Porém, no contexto das luas galileanas, fazer esta astrometria não é trivial. O brilho de Júpiter (mag. V -2) e o brilho destes satélites (mag. V 5) em comparação com os brilhos das estrelas de calibração (mag. V. > 10) impossibilitam uma astrometria clássica CCD com precisões melhores que 100 milissegundo de arco (mas) (aproximadamente 350 km). Apresentarei métodos alternativos para se fazer a astrometria dessas luas, em especial focarei em quatro técnicas: (i) os fenômenos mútuos; (ii) as aproximações mútuas; (iii) ocultações estelares; e (iv) combinação de imagens. As posições obtidas serão utilizadas para melhorar as efemérides do sistema Joviano, esta melhora também auxiliará nos preparativos de sondas espaciais visando este sistema, em especial as sondas JUICE e a Europa Clipper, com previsão de lançamento para a próxima década (2020s).