Seminário GDOP

Data: 13/09/19
Horário: 14h00.
Local: Auditório do CEM

Cenários para a evolução do anel de Pallene

M. Sc. Gustavo Madeira (GDOP)

Reportado pela primeira vez em Synnott (1986) e redescoberto em 2005 por meio de imagens da sonda Cassini (Porco et al., 2005), o satélite Pallene orbita Saturno em uma órbita inclinada (i=0.17º) e excêntrica (e=0.004) a 212000 km do centro do planeta. Conforme mostrado em Callegari & Yokoyama (2010) e explorado em Muñoz-Gutiérrez & Giuliatti Winter (2017), Pallene se encontra próximo a uma ressonância secular com Mimas, apresentando oscilações de longo período na excentricidade e inclinação devido a este efeito. Compartilhando a órbita com Pallene, encontra-se um tênueanel de poeira com 50 km de largura vertical, possivelmente mantido por este satélite (Hedman et al., 2009). Buscando verificar a viabilidade de Pallene como fonte de material para o anel, estudamos a evolução das partículas ejetadas de sua superfície. Como resultado, encontramos que a influência gravitacional de Pallene e os efeitos da força de radiação solar e arrasto do plasma levam a randomização da longitude do nodo ascendente das partículas, levando a formação de estruturas análogas as observadas nos gossamer rings de Júpiter (Showalter et al., 2008). Diante deste resultado, analisamos, também, a evolução temporal de um anel de partículas coorbital ao satélite e de um anel de partículas em órbita equatorial e semi-eixo maior igual ao de Pallene.