Seminário GDOP

Data: 27/08/2021
Horário: 14h00.
Local: apresentação remota.

O grupo do Laboratório de Análise de Material Espacial (LAMEsp) tem trabalhado com o objetivo de implementar novas técnicas de análise para classificação dos meteoritos. Dentro deste contexto, técnicas pouco exploradas têm sido utilizadas juntamente com as já bastante estabelecidas. Um dos meteoritos analisados neste estudo foi o meteorito Parauapebas, um condrito ordinário, investigado através de um método de classificação sistemático, aplicando técnicas analíticas não destrutivas: Microssonda Eletrônica (EPMA), Fluorescência de Raios-X (XRF), Emissão de Raios-X Induzida por Próton (PIXE), Catodoluminescência (CL) e Microscopia Óptica (OM). Neste seminário, uma descrição química e petrológica completa e detalhada será feita deste meteorito. Uma comparação entre técnicas também será incluída para a composição química obtida por meio das técnicas de fluorescência de raios X, PIXE e XRF. As composições elementares medidas foram comparadas aos valores médios de XRF e INAA relatados em trabalhos anteriores sobre condritos.  As propriedades físicas, como densidade e susceptibilidade magnética também serão apresentadas como uma ferramenta para sua classificação dentro dos grupos químicos.  O meteorito é rico  em ferro metálico, exceto nos silicatos, sendo, portanto, um condrito de grupo químico H. No entanto, algumas composições elementares foram encontradas dentro da faixa do grupo químico L. Este meteorito apresenta duas litologias diferentes com química homogênea, que apontam o meteorito como uma brecha genômica formada por tipos petrológicos 4 e 5. Um estágio de choque S3/S4 é indicado. O grau de intemperismo é o mais baixo (W0), uma vez que o fragmento foi recuperado logo após a queda.