Seminário GDOP

Data: 24/09/2021
Horário: 14h00.
Local: apresentação remota.

Nos últimos 20 anos, as atividades humanas no espaço têm duplicado o número de objetos artificiais em orbita ao redor da Terra. Atualmente, as trajetórias de mais de 22.000 objetos (com dimensões superiores a 10 cm) estão sendo monitoradas por diversas agenciais espaciais. A maioria desses objetos são partes inativas de antigas missões espaciais, também conhecidos como detritos ou lixo espacial. Os detritos representam um risco para os satélites e as operações espaciais porque aumentam a probabilidade de colisão. Em orbitas baixas da Terra, o efeito da atmosfera gera o decaimento orbital e posteriormente a reentrada planetária. As velocidades hipersônicas durante a reentrada aumentam as cargas aerodinâmicas, térmicas e estruturais no detrito, dando como resultado a fragmentação do corpo. Por médio da integração numérica das equações de movimento, é possível determinar a trajetória e estimar o local de impacto dos fragmentos. Os resultados obtidos da aplicação dos modelos matemáticos da dinâmica e da estrutura do corpo, para determinar a trajetória e fragmentação do detrito, serão discutidos nesta apresentação, junto com dois casos de estudo da possível reentrada de detritos no território Brasileiro.